domingo, 17 de abril de 2011

Roberta



E não satisfeita em só olhar tuas fotos, resolvi ler teus textos. Entender que em cada lágrima não se derrama só saudade, mais também, lembranças. Continuar aqui, enquanto estás aí, longe, com esse teu jeito de menina que eu tanto amo. Essa loucura em atitudes e sentimentos sinceros em palavras. Essa mania de sorrir mesmo estando um turbilhão de tristezas dentro de ti. Esse contentamento com o pouco, o simples. O querer conhecer mais, sem medo. E são tantas meninas Roberta’s dentro da minha verdadeira Roberta, que seria preciso dias, meses e anos, e muita, muita folha para descrevê-las.
E não dá para esquecer momentos contigo. Não há como esquecer teus dedos em cordas de violão, tentando tocar alguma canção pra eu ouvir e sorrir com toda a doçura da tua voz. Não há como esquecer tuas palavras de consolo, teus momentos de incerteza, teus momentos de medo e separação. Não há como não lembrar a tua meiguice antes de me abraçar. E o teu sorriso de menina, encantador. E teus passos revoltados, o prato limpo na lanchonete, a Ice não terminada. O carnaval que mal dava para te ver: pulando feito louca entre muitos outros loucos. Era felicidade, sim! E adorava te ver naquele jeito.
Aos poucos as palavras vão fugindo, as lembranças vão querendo ficar apenas no coração. O papel não sabe dizer tão bem quanto meu coração o quanto Te amo e o quanto é importante na minha vida. Aprender contigo a ser louca, mais ao mesmo tempo, a ser normal. Sorri quando estiver triste e chorar quando estiver feliz. E não deixar nada, absolutamente nada nos atingir, impedindo de darmos o nosso sorriso, de escrever-mos.
Eu te agradeço por ser uma parte de mim, por me ajudar quando eu achava que não existiam palavras para fazer curar minha dor. Obrigada pelo teu sorriso, pela tua voz, pelas tuas palavras, pela tua presença. Obrigada por ser quem és, por que é assim que sempre vou te amar. E não esqueça, que mesmo nessa distancia que nos separa, eu te abraço com todo o amor que tenho por ti.

Por: Thaiis Motta'

domingo, 10 de abril de 2011

Apesar de tudo, eu sempre estive aqui.



E não importava o sentimento que havia dentro de mim, tinha que esquecê-lo por horas e aceitar que nada daquilo era real. Eu precisava fechar meus olhos. Abandonada com minha dor, não havia refúgio algum ali perto. E sempre pensando em você tentava encontrar palavras para expressar toda a agonia que em mim estava. Mais bastava tua presença pra toda minha força dissipar.
A minha fraqueza aumentava a cada atitude tua sem pensar. Meu coração acelerava cada vez que o via entrar. Eram tantos sentimentos em um só coração, que de tão pesado que estava, partiu-se sem pena; sem pensar que iria doer. E cada vez que tentava reconstruí-lo o tornava mais sólido. Impenetrável. A mágoa crescente formava uma camada preta, não me deixando enxergar a cor viva; vermelha. E como nada sabia, nada pude fazer pra evitar. O via pulsar, fraco. E cada vez que me olhava no espelho, via as marcas que meu corpo trazia. Eram tantas, que ficava difícil esconde-las. E se meu olhar dizia tudo, baixava a cabeça para não tentarem decifrá-los. Escondia-me por entre um véu preto. É, eu estava de luto. Luto por toda a minha fraqueza, a mania de idealizar o mundo, acreditar que poderia haver sinceridade nas tuas palavras, que sentia minha falta, que não me esqueceu. Luto por deixar você me usar nas horas das tuas fraquezas, dos teus sofrimentos. O que mais me feria eram minhas próprias atitudes. Pensei que fossem as tuas, mais não, eram mesmo as minhas. E colhi cada erro feito por mim.
Ainda sinto uma nostalgia daqueles sentimentos, uma lembrança do teu jeito. E continuo na mesma: sem mudar a menina que há em mim, sem tampar meus olhos que enxergam um mundo que não existe, sem conseguir acreditar que você nunca me amou.
Mais há alguém aqui dentro que cresceu depois de toda a dor. Escondida por entre meninas estúpidas. Mais ela está ali, te olhando e querendo que você a descubra.


Por: ThaisMotta'

sábado, 9 de abril de 2011

Are these your eyes ...



Em um dia de verão, andando por aquelas ruas apinhadas de gente, te encontro em uma esquina. Você me olha com aquele mesmo olhar penetrante de sempre; sorri.

- Que dia quente, não?
- Verdade.

Incomodada com aquela aproximação e teus olhos fixos em mim, desejo escapar dali o mais depressa possível. Mais você não deixa, e ainda parece adivinhar o que de fato estou querendo.

- Quer almoçar comigo? Aqui perto tem aquele restaurante que você gosta tanto.

Quis te matar naquele instante. Me olha daquele jeito que só você sabe e ainda quer me levar no restaurante onde demos o primeiro beijo. É de mais pra mim. Tento tirar da mente a cada dia, lembranças daquele encontro perfeito, do beijo, da música que tocava ao fundo e que acabou se tornando nossa. Foi uma noite perfeita e você, com todo o seu romantismo, a tornou eterna.

- Quero. Eu...só não posso demorar muito, viu!
- Tudo bem. Vamos.

Caminhamos por aquelas ruas que um dia presenciaram todo o nosso amor. A floricultura a duas quadras dali, onde você me comprou uma rosa. O lago perto da praça, onde com o seu violão, tocou as músicas mais lindas que meus ouvidos já ouviram. A lojinha de souvenir onde...

- Ei garota, em que mundo você ta?
- Aah, desculpa, eu só estava...é...lembrando que eu tinha mil coisas pra fazer e não posso mesmo ir almoçar com você...
- Ei, prometo que vai ser rápido.
- E..Ta. Tudo bem.

Entramos no restaurante, e pra minha fraqueza, nossa música tocava.

- Lembra dessa música? É nossa. Ela sempre tocava quando vínhamos aqui. – Ele disse sorrindo.
- Lembro sim. – Só conseguia dizer poucas palavras. Estava fora de mim, totalmente presa em lembranças.

Nos sentamos e ele fez questão de pedir meu prato favorito. Começou a falar sobre quando namorávamos, eu não conseguia escutar nada direito. Estava enjoada, zonza com todos aqueles pensamentos.

- ...foram momentos muito bons, pode ter certeza.
- É, foram sim. Essa comida ta demorando, não é?
- Eu posso te fazer uma pergunta?
- Ta..pode.
- Você ainda me ama?


(A fala não é ouvida, os movimentos se tornam lentos; mais nada importa.)

Apesar de toda mágoa, não a como resistir ao teu sorriso! Há algo em teus olhos que me prende. Em teu toque, sensações inexplicáveis. Existe um mundo totalmente diferente quando te vejo. São segundos inebriantes. A única coisa que vejo, são teus olhos e viajo profundamente por eles tentando te decifrar. Cada brilho, cada piscada esconde um homem que aprendi a amar.
Pela boca, tento dizer que não. Mais em pensamento sussurro desesperadamente que te amo. Percorro todo o teu rosto com meus olhos de menina. Minhas mãos irrequietas embaixo da mesa querem te tocar. Minha boca quer sentir mais uma vez teu beijo, meu corpo precisa do teu aconchego, meus ouvidos precisam sentir teus suspiros e ouvir tua doce voz. Ah, como eu te amo tanto!
E essa vontade, que cresce cada vez que te vejo, de pedir que volte que me faça sentir toda aquela sensação gostosa de estar contigo.

Foram tantos pensamentos em torno desta pergunta. Não sabia o que dizer. E ele continuava a me olhar. Minha respiração se tornava mais ofegante a cada segundo. Tremia toda. Maldita pergunta! Era só olhar pra mim e saberia que você é meu único amor.

- É..eu..não..não sei o que dizer. Acho melhor eu ir embora, estou bastante atrasada...
- Não foge de mim – Ele se levanta e toca meu braço – Eu preciso saber.
- Precisa por quê?
- Eu a amo. Sinto tua falta, não tem como negar. Não consigo esquecer teus beijos, teus carinhos. Cada detalhe teu está impregnado na minha mente; no coração. Eu quero você! Sei que errei, que te magoei com palavras, que fui impaciente com teu jeito de menina. Eu devia aprender a crescer contigo. Por favor, me dá uma chance pra mostrar que tudo isso é verdadeiro. Mais eu preciso saber se você me ama, se ainda quer sonhar comigo, se quer ser minha pra sempre.

Todas minhas forças pra tentar me manter afastada daquele sentimento, escaparam numa leveza assustadora. Não tendo palavras, o beijo foi a resposta de tudo.


Por: Thais Motta’