domingo, 10 de abril de 2011

Apesar de tudo, eu sempre estive aqui.



E não importava o sentimento que havia dentro de mim, tinha que esquecê-lo por horas e aceitar que nada daquilo era real. Eu precisava fechar meus olhos. Abandonada com minha dor, não havia refúgio algum ali perto. E sempre pensando em você tentava encontrar palavras para expressar toda a agonia que em mim estava. Mais bastava tua presença pra toda minha força dissipar.
A minha fraqueza aumentava a cada atitude tua sem pensar. Meu coração acelerava cada vez que o via entrar. Eram tantos sentimentos em um só coração, que de tão pesado que estava, partiu-se sem pena; sem pensar que iria doer. E cada vez que tentava reconstruí-lo o tornava mais sólido. Impenetrável. A mágoa crescente formava uma camada preta, não me deixando enxergar a cor viva; vermelha. E como nada sabia, nada pude fazer pra evitar. O via pulsar, fraco. E cada vez que me olhava no espelho, via as marcas que meu corpo trazia. Eram tantas, que ficava difícil esconde-las. E se meu olhar dizia tudo, baixava a cabeça para não tentarem decifrá-los. Escondia-me por entre um véu preto. É, eu estava de luto. Luto por toda a minha fraqueza, a mania de idealizar o mundo, acreditar que poderia haver sinceridade nas tuas palavras, que sentia minha falta, que não me esqueceu. Luto por deixar você me usar nas horas das tuas fraquezas, dos teus sofrimentos. O que mais me feria eram minhas próprias atitudes. Pensei que fossem as tuas, mais não, eram mesmo as minhas. E colhi cada erro feito por mim.
Ainda sinto uma nostalgia daqueles sentimentos, uma lembrança do teu jeito. E continuo na mesma: sem mudar a menina que há em mim, sem tampar meus olhos que enxergam um mundo que não existe, sem conseguir acreditar que você nunca me amou.
Mais há alguém aqui dentro que cresceu depois de toda a dor. Escondida por entre meninas estúpidas. Mais ela está ali, te olhando e querendo que você a descubra.


Por: ThaisMotta'

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